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Especialistas debatem relação de desequilíbrio dos jovens com as tecnologias

Atualizado: 23 de abr. de 2023


Cristina Ponte, coordenadora do ICNova, Manuel Carvalho, diretor do jornal Público, António José Teixeira, diretor de informação da RTP e Belinha de Abreu, presidente do Conselho Internacional para a Literacia Mediática– IC4ML. Ao centro, a moderadora, professora Fernanda Bonacho


“Novos Paradigmas para a Literacia Mediática” foi o tema de uma das sessões plenárias que teve a participação de figuras relevantes dos média e dos estudos sobre literacia


Texto: Afonso Santos e Rui Catela

Foto: Ana Pinto


António José Teixeira garantiu hoje, 21 de abril, no VI Congresso Literacia Mediática, Media e Cidadania, que a RTP “tem tomado medidas para a disponibilização de informação através do meio digital”, cumprindo com a ideia da televisão e rádio públicas terem a “convicção do serviço público que prestam”. O diretor da RTP afirmou assim estar "a acompanhar a tendência para pensar que os jovens têm mais facilidade em lidar com este mundo digital e das tecnologias”.


A ideia foi partilhada por Cristina Ponte, coordenadora do ICNova, que revelou o resultado de um estudo europeu que tentou perceber as práticas dos jovens, distinguindo em quatro competências: as da comunicação; as técnicas e operacionais; de criação, bem como de navegação e de pesquisa de informação. Nesta última, considerada por Cristina Ponte, como “a mais importante”, o estudo indica que os jovens adquirem menos competências e remetem-na para último plano”. António José Teixeira assegurou entender os resultados porque "os mais jovens têm uma relação com o digital mais forte, uma vez que nasceram com ele. Não têm os hábitos das pessoas mais velhas de estarem a ver o jornal”.


Belinha de Abreu, presidente do Conselho Internacional para a Literacia nos Media, destacou o papel dos docentes, no ensino do jornalismo, considerando, no entanto, que “nem todos os professores podem ensinar literacia mediática”. Por isso, defendeu “a necessidade de contextualizar a formação dos professores tendo em conta que encontram alunos habituados ao mundo da tecnologia”.


Manuel Carvalho, que anunciou a saída da direção do jornal Público, destacou a importância dos jovens nos media e a posição que o jornal adota: “Temos investimento na academia, o apoio do Ministério da Educação e ainda pós-graduação em Literacia Mediática.” Apesar disso, o diretor do Público lançou um alerta: “Estamos a viver num ecossistema cada vez mais reduzido que é uma ameaça para todo o jornalismo. E o que está a mostrar algum dinamismo é o jornalismo tablóide e isto não é saudável para quem quer fazer um jornalismo como o Público, a RTP ou o Observador.”


O ainda diretor do diário garantiu que as assinaturas digitais do Público passaram de 10 mil para 48 mil nos últimos quatro anos”, daí que tenha notado “um interesse crescente dos mais jovens na participação de discussões públicas sobre estes temas”.

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