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Ministério da Cultura prepara Plano para Literacia Mediática

Atualizado: 25 de abr. de 2023


Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, no discurso de abertura do VI Congresso Literacia, Media e Cidadania. A sessão contou ainda com a presença de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, André Sendin, presidente da ESCS, Joaquim Melro, diretor do Centro de Formação de Escolas António Sérgio, e Fernanda Bonacho, presidente da Comissão Cientifica do Congresso


As pessoas estão, cada vez mais, desinformadas é uma das primeiras conclusões saídas do congresso que junta presidente da Assembleia da República, ministros, políticos, estudantes e jornalistas. Pedro Adão e Silva promete criar um Plano Nacional de Literacia Mediática


Texto: David Santos e Hugo Oliveira

Foto: Ana Pinto


A VI edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania começou na manhã desta sexta-feira para discutir a importância da transição digital e políticas públicas, o combate à desinformação e a promoção da literacia mediática, temas que estarão em destaque na edição deste ano, que termina este sábado.


“Uma mentira consegue dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda está a calçar os sapatos”. Foi assim que Pedro Adão e Silva iniciou o seu discurso, fazendo uso de um exemplo de uma “frase apócrifa” normalmente atribuída ao escritor norte-americano Mark Twain.


O ministro da Cultura destacou o facto de a frase ser, ironicamente, alvo do mesmo fenómeno que critica e que Pedro Adão e Silva criticou ao longo da sua intervenção: a desinformação. “A mentira tornou-se viral como a rapidez de uma epidemia”, alertou e defendeu que “a desinformação está a quebrar a relação de confiança essencial” entre a opinião pública e os media. “A exposição à desinformação está associada a uma descredibilização dos media”. O ministro anunciou ainda a intenção de criar um plano nacional de literacia mediática.


O presidente da Assembleia da República realçou o papel dos jornalistas na sociedade e a relevância da literacia mediática. Augusto Santos Silva relembrou a origem da expressão "literacia", que é um campo que se resume a “ir muito mais além do conceito da alfabetização”, ou seja, enquanto uma pessoa que cumpre a taxa de alfabetização lê as notícias, uma pessoa com literacia mediática consegue interpretá-las.


Augusto Santos Silva assinalou, também, que os órgãos de comunicação são “tal como a água, de interesse geral” e mostrou-se preocupado pelo desinteresse do público em relação aos media. Para o ministro, existe um princípio máximo na sociedade, uma "célebre trilogia: informar-se, ser informado e informar”. “A literacia para os media é essencial. A capacidade que nós temos de compreender as mensagens é essencial para que os media se desenvolvam como recurso público”, reforçou.

O presidente da Assembleia da República entende que se deve fazer uma “distinção entre os media que usam como recurso fundamental o jornalismo e os que não usam como recurso fundamental o jornalismo”. Deu como exemplo como se utiliza a internet na qual se dissemina notícias falsas. “O jornalismo é essencial. Tem uma aliança com a literacia mediática. Têm este ponto de partida em comum: a capacidade crítica”. No entanto, avisa “ser necessário haver filtragem desses media outlets que não se servem do jornalismo como princípio fundamental”.


Organizado pelo Grupo Informal sobre a Literacia Mediática (GILM), o congresso conta com a presença da presidente da comissão científica e executiva, a professora da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e coordenadora do Mestrado em Jornalismo, Fernanda Bonacho. O evento pretende “estimular uma reflexão sobre os novos paradigmas da literacia mediática, sempre de olhos postos no presente, mas também no futuro, daquele que é o papel dos media na cidadania perante os novos desafios de um mundo também cada vez mais digital”, justificou a responsável pela organização do congresso e representante da ESCS no GILM.






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