top of page
  • congressolmc7

“Se a sociedade tiver literacia, fica menos vulnerável a informações falsas”

Atualizado: 16 de mai. de 2023


Fernanda Bonacho, organizadora do VI Congresso Literacia, Media e Cidadania


A literacia mediática é a maior arma contra a desinformação e, segundo Fernanda Bonacho, especialista em Ciências da Comunicação, é importante debater o tema nas suas diferentes dimensões


Texto: Joana Campinas e Renata Tavares

Foto: Ana Pinto


Numa breve entrevista que teve lugar minutos antes do início do evento, Fernanda Bonacho, coordenadora do mestrado em Jornalismo, da Escola Superior de Comunicação Social, e presidente da Comissão Executiva e Científica do VI Congresso Literacia, Media e Cidadania, que decorreu na ESCS, nos dias 21 e 22 de abril, explicou que a iniciativa - promovida pelo GILM (Grupo Informal sobre Literacia Mediática) desde 2011 - nasceu da necessidade de discutir assuntos tão relevantes para a sociedade como é a capacidade de selecionar e interpretar a informação que nos rodeia, além da apresentação das investigações e projetos mais recentes na área. Realizada de dois em dois anos, a 6.ªedição foi dedicada à transição digital e políticas públicas e, só no primeiro dia, recebeu mais de 300 participantes.


A presidente da Comissão Científica referiu que o seu interesse de investigação na área da literacia mediática motivou-a a aceitar o convite para representar a ESCS no GILM (Grupo Informal Sobre Literacia para os Média). A investigadora esclareceu que a literacia “tem várias frentes, como a informacional, a digital e a visual. Todas estas vertentes fazem parte das questões discutidas neste congresso”.

Sobre o Plano Nacional de Literacia Mediática, que o ministro da Cultura prometeu lançar no final do primeiro semestre de 2023, Fernanda Bonacho elogiou a medida tendo em conta, por exemplo, que possa “implicar os investigadores, os professores, as plataformas tecnológicas, a própria comunidade, os jornalistas e as empresas dos meios de comunicação social, e não só os responsáveis políticos”. Devido à evolução da tecnologia, alertou, “os riscos aumentam e, se a sociedade tiver literacia, fica menos vulnerável a informações falsas”.


Fernanda Bonacho finalizou a breve entrevista com uma certeza: “Temos todos a ganhar com uma sociedade melhor informada e que procura fontes que sejam credíveis e que não esteja vulnerável a conteúdos que desinformam, virais ou promocionais, que nada têm a ver com o jornalismo, ou seja, com uma informação profissional. Com investimento na literacia mediática, ganham os profissionais da informação, os jornalistas, mas ganham também, com certeza, os cidadãos, o espaço público e a democracia.”


57 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page